Sunday, July 24, 2016

Onde estão agora as tuas palavras?
Palavras que eu costumava segurar
na palma da minha pálida mão,
desfazendo-as letra a letra
como as pétalas de uma pequena flor.

Porque é que o teu cabelo
já não flutua nos ventos amenos,
tornando-os carmesim e
enrolando o meu pescoço suave e gentilmente
até eu sufocar?

Quando é que as tuas canções voltarão
a rasgar rachas e fissuras
no meu coração glaciar,
enquanto a tua voz o derrete,
até as cinzas do meu próprio coração
queimarem pelas minhas veias fora?

As únicas palavras que ouço são as minhas
e elas são frias, frias, frias.

No comments:

Post a Comment