Vem, pobre inocente,
deixa-me que te mostre
o outro lado do mundo.
Dá um passo em frente,
fecha os teus olhos
só um segundo.
Vem, mulher de virtude,
descontrai a face,
entreabre a boca.
Sim, faz bem à saúde,
não ficarás débil,
talvez de voz rouca.
Vem, rapariga monge,
larga a minha mão
mas não pares, não.
Esses tambores ao longe
são só o bater
do teu coração.
Vem, minha descarada,
deixa-me que te mostre
o outro lado do mundo.
Vês, não custou nada,
e juntos chegámos
bem até ao fundo.
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