Nos teus lábios, um rio -
sumo de fruta doce -
corre apressado, com brio,
como se um cavalo fosse.
Dos teus lábios pinga sereno,
pelo peito suave e alvo,
não sei se mel ou se veneno,
será perigo ou estarei salvo?
O teu ventre é vale ventoso,
o rio desce em delta aberto,
evita as frinchas de cada osso
e vai direito ao sítio certo.
Com caudal já reduzido,
o curso de água rouco
desagua sem libido
no estuário do teu corpo.
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