Na varanda há
dois copos de café
e tu falas comigo
através de canções.
Tu és água e eu sou pedra,
escorres por mim lenta
e erodes a casca
que me cobre e aperta.
As folhas caem
mais lentas das árvores,
lentas como pétalas,
cinco centímetros por segundo.
As tuas palavras por dizer
pairam entre as grades
e soltam-se da varanda,
lavam-se na chuva.
O que te quero dizer?
Já te disse demais...
Perdoa-me as palavras,
dou-te agora o meu silêncio.
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