O mundo é barulhento.
Todos os ruídos se arrastam
como uma nuvem de fumo
pelos ares, Puff!
O mundo todo é feito de bips.
No céu, um avião
sobe e por baixo eu
entro no hotel
pelo lobby pejado de gente
e alguém nas escadas sobe e pede
um kebab e perguntam-lhe
a que sabe e provavelmente sabe bem,
desde que haja fome
no estômago tudo cabe e paremos por aqui.
Bip. Bip. Bip.
E eu sou um reactor nuclear
à espera para explodir.
E quando explodir,
eu expludo com um Boom,
um Kapow, um Bang maior
do que todas as coisas que já pisaram a terra.
Todos os rios da Europa correrão para a sua nascente
e lá no oriente soará um gongo,
Pum!
Todas as mascaras cairão ao chão
e todas as verdades do mundo
assobiarão pelas ruas,
Fzzzzzzzzzzzzzz.
Uma gargalhada de triunfo
irá encher o ar quente, apimentado,
Ahahahahah,
mas não estará cá ninguém para o ouvir.
E quando a última águia
cair morta no seu voo
e a Terra não for mais
do que uma orbe flamejante,
a atmosfera guardará apenas
um silêncio.
Um silêncio.
Um silêncio repetitivo.
E eu estendo-me na cama
e sonho…
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