Emília preparou a sopa
e cozeu o vitelo em chama lenta.
Foi lavar a roupa
e pegou numa camisa cinzenta.
Encostou-a a si
e acariciou o tecido —
queria ir-se dali,
queria fugir do marido.
Ele chegou, comeu o vitelo
e quis tê-la nos braços.
Ela gritou, pegou no cutelo
e cortou-o em pedaços.
Agora Emília sorri aberto
bem trancada atrás das grades,
não quer ninguém por perto
e nada lhe dá saudades.
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