O céu tremelicou uma vez
e eu, burro, idiota,
não quis saber.
Outro tremor se seguiu.
Desta vez foi a terra
e não houve nada,
nadinha nas notícias.
Depois as copas das árvores,
as estrelas e até a lua,
todos tremiam
uma pequena dança,
como uma barata
de patas para o ar.
Deixei que vibrasse,
permiti tais tremores
e percebi tarde demais
que quem tremia
era eu.
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